domingo, 21 de fevereiro de 2010

Acho que falar é chato e cansativo. Sinto que falamos mais quando estamos calados.


Ele pegou a minha mão e sorriu, me olhou nos olhos e disse eu te amo enquanto não dizia nada. Ele riu quando sorri e beijou meus dedos devagar enquanto eu suspirava. Eu encostei minha cabeça em seu peito e ouvi seu coração sorrir, ele passou seus braços ao meu redor em uma reza silenciosa “é minha, é minha, pra sempre minha”. Eu suspirei alto e levantei minha cabeça pra olhar em seus olhos e encontrá-los sorrindo. Eu não disse “eu te amo”, mas ele ouviu. Eu saí de perto dele, apenas para encarar a lua no céu e ele fez uma careta como quem dizia “não vá, fique perto de mim. Preciso de você aqui”. Eu sorri e peguei sua mão, encarei-o com ternura e ele entendeu o que eu quis dizer “eu sempre vou estar, seu bobo”. Então ele sorriu e me abraçou de novo e encaramos a lua, juntos. Ela se emocionou ao ver algo raro e escasso – amor – e nós sorrimos de volta pra ela. Enquanto ele me abraçava mais forte, dizendo tudo, sem dizer uma palavra.