terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ciclo.

Amor.
Desamor.
Dor.

Ele.

Você se apaixona por ele e ele tem defeitos, como qualquer um. Mas é ele quem lhe faz sorrir. Ele tem o poder de com um único olhar fazer você se sentir a mulher mais linda da festa, ele lhe escuta, ele lhe ama e ele lhe cuida. Ele é o mais próximo da perfeição que você vai chegar. Ele é como um poema lindo, porém mal escrito. E é justamente por ser mal escrito que ele pode ser tudo isso. Ele é o cara, o seu cara. E então, quando você percebe que ele tudo, quando você acha que será pra sempre. Ele se vai. Você sofre, você sente uma dor que passa a ser física. Você poderia parar ali mesmo. Mas você continua. O tempo passa. Você está bem. Você encontra outro alguém. Alguém que lhe quer bem. Então Ele volta. Parece que foi premeditado. Ele espera você ser feliz com outro alguém, ele volta e diz que lhe ama, só pra fazer você lembrar que nunca alguém vai lhe fazer feliz como ele. Porque ele faz você se sentir completa. Então você volta para ele, você passa a se sentir tão extraodinária quanto antigamente. E ele lhe deixará de novo. Você vai chorar novamente. E perceberá que o perfeito! Era um perfeito idiota. Desculpe o 'queismo'.

domingo, 28 de novembro de 2010

A culpa é minha.

Eu posso culpar você.
Posso por a culpa no vizinho.
Culpar quem passa na rua.
Posso jogar a culpa pra qualquer um.
E ela continuará sendo minha.
Então de que adianta continuar procurando a quem culpar?
Então de que adianta continuar vivendo?

Sete onze avos.

Não quero fazer rima.
Não quero métrica perfeita.
Não quero perfeição.
Não quero sequer fazer poesia.

Quero aliviar o que eu sinto.
Quero dizer que ando me odiando.
Quero que isso passe.
Quero que meu coração pulse vida.

Quero um pouco de paz.
Quero um pouco de felicidade.
Quero (saber) um pouco mais de mim.
Meu agora.

Minha rotina.

Meus hábitos.

Minhas manhãs.

E tudo que eu gostava de chamar de presente...

... Me peguei falando no passado.

Meu passado.
Passei tanto tempo sendo sua
que quase me perdi sendo minha.

Passei tanto tempo querendo voltar a ser sua
que me perdi sendo minha.

E agora sou tão minha
que desaprendi - e não quero - ser que qualquer outro.

Inclusive sua...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ainda...

Ainda escuto a sua voz.
Ainda falo com você.
Ainda finjo que você está aqui.
Ainda tenho seu número na minha agenda.
Ainda espero que seja você do outro lado da linha quando alguém me liga.
Ainda faço um monte de coisas e finjo que você está ao meu lado.
Ainda sinto você aqui, nem que seja por uma batida de coração.
Ainda penso em você antes de dormir.
Ainda minto pra mim.
Escuto, falo, finjo, tenho, espero, faço, sinto, penso e minto, tudo por você.
É que ainda não me acostumei a não ter você aqui. (E nem acho que vou...)

domingo, 31 de outubro de 2010

Sorriso.

Ela está sorrindo. Deus! Ela tem o sorriso mais lindo mundo. O sorriso dela faz qualquer um querer sorrir. Qualquer um se apaixonaria por esse riso. Exceto ele.
Ele, que viu além do sorriso, encarou os olhos. Os olhos não demonstravam alegria alguma. Brilhavam, definitivamente brilhavam, mas ele percebeu que era um brilho de quem acumulava lágrimas, não de quem sorria. Então ele se apaixonou. Não pelo sorriso, mas pelos olhos cansados e fadigados de procurar alguém que visse atráves da sua máscara e daquele sorriso falso e sem vontade alguma. E ao vê-lo encarar seus olhos, sorriu.

:)

Décadas - ou um pouco menos - sem postar por aqui, mas é que eu fiz um tumblr, e assim como a última coisa que eu escrevo é a que eu mais gosto, o último site que eu me cadastro fica sendo o meu preferido. Não que eu ache que alguém sofreu sem minhas postagens aqui... A não ser eu. Mas é que o vestibular está me deixando travada. Já engordei trezentos quilos (e eu estou sendo bondosa) e fiquei duas semanas inteiras sem escrever meia vírgula. Absurdo! Lamentável! Mas agora estou de volta - ou não - para a minha alegria.
Isso que você vê, essa pessoa que está diante de seus olhos, não é nada, senão um espaço vazio. Um espaço vazio pronto pra ser preenchido, ainda assim, vazio. Não é que eu não sinta, pois eu sinto. Não é que eu não raciocine, porque eu raciocino. É que eu tenho tanto medo de ser falsa, hipócrita. Tenho tanto medo de não ser exatamente quem eu sou, que assim, me anulo. Mas então, quando eu deixo que olhem pra mim, percebo que a pessoa vazia que penso que sou, é completa, intensa e cheia de coisas que só eu faço. Vazia não sou eu, vazia é a minha opinião sobre mim.

Sozinha.

Hoje, enquanto atravessava a rua, descobri o porquê de eu nunca ter aprendido a atravessar.

Confiança.

Eu sempre confiei na pessoa que estava ao meu lado, porque ela está ao meu lado e se ela está perto de mim, é porque eu confio nela. Então eu sempre vou, sem medos. De vez em quando eu percebo que não olhei pros lados e olho no meio do caminho e por mais que eu ache que um carro possa bater em mim, eu olho pra pessoa ao meu lado e ela me faz confiar novamente, eu chego ao outro lado e está tudo bem. Eu não sei atravessar a rua sozinha, isso é um problema. Eu não sei não confiar, isso é um problema maior ainda. Não vai demorar muito tempo e eu terei que atravessar sozinha e esse é o maior de todos os problemas.

Parte.

Sou integrante da parte da população que ainda ri para estranhos na rua e que levanta da cadeira em que está sentado em um ônibus para uma pessoa idosa sentar. Faço parte dos que ainda são bons leitores, gasto todo o meu dinheiro em livros. Acho estranho sair e ficar com um monte de pessoas que você nunca viu na vida e não entendo o que leva alguém a se sentir completo dessa forma. Também faço parte do lado desbocado, desaforado, esquentado e mal humorado, mas do lado que eu estou se há respeito. Desrespeito é uma coisa baixa. Dizem que eu sou misteriosa, porque eu nunca faço o que esperam que eu faça e embora eu fale muito, eu nunca falo sobre a forma como eu me sinto, eu nunca digo quem eu sou. Eu adoro quando as pessoas falam pequenas coisas que me definem, faço parte dos que tentam se definir, algumas vezes sem muito êxito, mas sempre, com pelo menos uma pequena descoberta. Também estou no grupo dos cinéfilos, dos viciados em música, chocolate, chá, livraria e café. Estou do lado dos que não tentam agradar ninguém, dos que não mudam de opinião pelos outros, mas que não pensará duas vezes em mudá-la se achar que é o correto. Faço parte de uma parte e essas infinitas partes, fazem parte de um todo, do meu todo.

Nos temos.

Temos a nossa amizade, temos o nosso romance, temos as nossas semelhanças, temos as nossas diferenças, temos as nossas brigas, temos os nossos olhares que falam tudo, temos nossas lágrimas, temos nossos sorrisos, temos um ao outro, temos as nossas piadas internas, temos uma tatuagem um para o outro, temos as nossas músicas, temos o coração (eu tenho o seu, você o meu), temos uma história que nunca contaremos a alguém, temos nossas conversas, temos uma história, temos vontade, temos desejos, temos amor, paixão, ousadia. Nós nos temos, na tristeza e na alegria.
- Perder alguém dói e eu não aguento mais sentir dor. - Falei assim que ele sentou ao meu lado. Ele me encarou com uma interrogação nos olhos.

- Por que você está dizendo isso?

- Porque se você quiser ir embora, quero que vá agora. Porque eu não quero perder você, então se não for real, quero que você vá.

Ele sorriu para mim, um sorriso gentil, passou os braços ao meu redor e sussurrando em meu ouvido, falou:

- Eu estou com você, sempre!

- Prometo.

Mas com o tempo… Doeu.

Aquariana.

Paciente.

Perseverante.

Humanitária.

Teimosa.

Independente.

Livre.

Acolhedora.

Excêntrica.

Utópica.

Desleixada.

Imprevisível.

Intempestiva.

Incostante.

Aquariana.

Sem tirar, nem por.

Utopia Platônica.

Desculpe, mas é quue saiu no meu horóscopo que eu sou utópica. Então vai ver é por isso que eu não paro de pensar em você. Em como seria se você estivesse aqui. Não paro de pensar na forma como você ia mexer nos meus cabelos e nos apelidos que você ia me dar. Desculpe, se me tranco nessa utopia que é ter você para mim, mas é que nasci assim, sonhadora, nasci assim, querendo ter você pra mim. Tenho certeza que nasci assim. Eu sei que para você eu sou apenas uma pessoa a mais em uma sala lotada de gente, mas desculpe, pra mim, só tem você. Talvez eu leia muitos romances, talvez eu escute muitas músicas melosas, talvez a culpa seja sua, de fazer com que eu só lhe enxergasse , talvez a culpa seja minha, por só enxergar você. Talvez a culpa não seja de ninguém, talvez você também sinta algo por mim, talvez você me ame em segredo. E talvez, eu só esteja sendo utópica de novo, mas me desculpe, não tenho culpa e não queria te querer tanto assim.

Eu.

Você mudou. Suas fotos, que antes eram sempre comigo, agora são com seus novos amigos. Não lhe recrimino, eu também mudei. Minha poesia, que antes era sua, agora é só minha. Eu fiquei (ainda) mais egoísta, mas eu ainda penso em você, ainda visito os nossos lugares, ainda escuto as nossas músicas, ainda falo de você com os meus amigos, mas não sinto mais sua falta. Contraditório, eu sei. Mas eu sempre gostei de me contradizer. Acho que tenho um pouco de saudade da pessoa que eu era quando estava com você, eu era mais espontânea e apaixonada, mais aberta ao mundo, agora eu estou tão presa em mim, não acho que isso seja ruim, mas sinto falta de ser quem eu era quando estava com você. Mas não quero voltar a tê-lo em meus dias, porque sentirei falta de ser só minha, você cobrava demais de mim. Acho que vou arrumar um outro amor, que me ame mais, me cobre menos e que me queira bem. Então, eu serei quem eu era quando estava com você e serei quem eu sou quando estou só comigo. E não, ao ler isso não pense que ainda amo você, porque não amo. Não se vanglorie, não pense que esse texto é sobre você. Isso é sobre mim, sobre quem eu quero ser, sobre quem já fui. Sobre o que quero para mim. Só resolvi te usar para me encontrar, mais uma vez.

Velhinhos Apaixonados.

Hoje dediquei trinta e oito minutos do meu dia às pessoas. Fiquei sentada em um banco no shopping e fiquei vendo a forma como elas agiam. Algumas passavam com um semblante completamente preocupado, outras estavam tão leves e calmas que, o simples fato de olhar para elas, acalmava. Mas o que mais me prendeu foi um casal de velhinhos. Eles sentaram ao meu lado e começaram a conversar, como melhores amigos, mas se via de longe o romantismo. Ele não largava a mão dela por nada no mundo e ela mantinha o sorriso nos lábios para ele o tempo todo. Ele insistia que as compras do dia tinham terminado e que estava cansado, repetia mil vezes: Quero ir para casa. Mas ela ficava insitindo que faltava alguma coisa, mas não conseguia se lembrar. Então eles começavam a divagar e a falar sobre o tempo, comentaram sobre o ENEM, falaram sobre o próximo neto deles (o homem queria uma neta, já que só tinham dois netos homens), comentaram sobre o namorado da filha mais nova, voltaram a ‘briga’ sobre ir para casa ou não e no meio de tudo isso a senhora olhou para mim e percebeu que eu os observada, daí ela sorriu para mim (eu estava com um sorriso bobo nos lábios e um provável olhar de esperança, já que eu não acredito muito nesse tipo de amor) e olhou para ele de volta, olhou para mim de novo e falou: Hoje em dia você não vê mais isso, não é? Eu apenas assenti sorrindo, enquanto o velhinho passava a sorrir para mim também. Então ele olhou para ela e falou: É o chocolate da Lara.

Acho que ele estava lembrando do que havia esquecido, lançando mais um sorriso para mim, eles se levatantaram (de mãos dadas) e caminharam lado a lado para comprar o chocolate de Lara. Não sei quem é Lara e nem há quanto tempo eles estavam juntos, mas sei que ao observar algo assim, eu quase passei a acreditar no amor. Na verdade, eu cheguei a acreditar por quase dez minutos e eu acho importante que eu me lembre que ainda existem pessoas que me fazem querer e acreditar.

Cinco quintos.

Um quinto do problema: Eu estava apaixonada por ele.
Dois quintos do problema: Ele tinha namorada.
Três quintos do problema: A namorada dele era minha amiga.
Quatro quintos do problema: Ele gostava de mim.
Cinco quintos do problema: Ele também gostava dela.

Você.

Eu quero você… Mesmo que isso me mate.

Quero as suas palavras rudes e suas mãos frias.

Quero o seu sorriso sarcástico e os seus suspiros impacientes.

Quero sua voz cansada e seu amor sem virtude alguma.

Quero você.

Quero o sorriso que você só dá para mim.

Quero as palavras doces que lhe deixam sem graça ao dizê-las.

Quero suas brincadeiras sem graça alguma.

Quero você quebrando meu coração mais uma vez, eu não importo.

Quero a minha dose de você.

Porque você não vale nada, mas é você.

Apenas você.

Você.

Que me faz acordar todo dia.

Querendo mais.

Mais de você.

Você e toda agonia que eu só tenho ao te ter.

domingo, 18 de julho de 2010

No limite.

Ela gostava de se sentir no limite em relação a tudo, no limite do amor, do sofrimento, da vida. Ela gostava de ficar no ponto máximo. Porque ela queria viver a vida e estar no limite era a melhor maneira de viver. Não tinha medo de sofrer, não tinha medo de amar e então sofrer, não tinha medo de dizer o que pensava, não tinha medo de perder a cabeça, desde que pudesse achá-la depois, só tinha medo de ser mais ou menos, abominava a mediocridade. Acabava com ela, a mediocridade, a hipocrisia e ser contrariada. Vivia no limite, amava viver no limite. Então, em um dia, percebeu que não estava preparada para tanta dor, tanta intensidade. Doía. A partir dali quis ser menos, quis viver pelas beiradas, porque o mundo não estava preparado para ela e ela não queria dar o seu melhor para quem não merecia. Ela está vivendo pela metade e isso a deixa num profundo mau humor, sua própria hipocrisia. Mas é hora de ser menos para poder ser mais.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Toque.

Para Júlia.

É necessário o toque sincero.
O olho no olho, a mão na mão.
Corpos se entrelaçando, vidas se cruzando.
É necessário admirar o sorriso ao vivo.
Enxugar a lágrima, abraçar com a alma e o corpo, então.
Ouvir a voz, o sussurro, o sorriso.
É necessário o toque, pra não atrofiar o coração.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Divagar...

No dia mais feliz da sua vida, naquele em que tudo fazia sentido, alguém estava recebendo a pior noticia de todas. Alguém estava morrendo, enquanto você sorria. Enquanto você estava debaixo das cobertas em um dia de chuva, alguém morava na rua e procurava um abrigo. Alguém simplesmente sofria, enquanto você sorria. Não parece certo. Mas não importa. Porque no dia que você estiver sofrendo, essas pessoas estarão sorrindo. Estamos procurando respostas e motivos, a maioria deles, não fazem o menor sentido, mas não importa também. Não existem respostas erradas pra perguntas que não têm respostas certas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pela metade.

Você sempre vai e volta.
Quando eu começo a gostar.
Você vai.
Quando eu começo a me acostumar.
Você volta.

Você não tem respeito nenhum por mim.
Por causa disso, eu perdi tudo que eu tinha por você.
O amor, a admiração, o carinho, a vontade.
Porque você pode ser cheio de indas e vindas.
Mas meus sentimentos não. Eu não.

Seja por completo.
É bíblico.
Seja quente ou seja frio.
Porque se for morno, eu te vomito.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Desbotado.

Ah, mas veja só. Ela está desbotando. Ela costumava ser tão viva, uma cor vibrante e brilhante. Agora está tão apagadinha. Olha, quase desaparecendo. Acho que ela não chega nem até meia noite, porque você sabe como é, as cores nascem vivas e vão desbotando. Umas mais fortes, umas mais claras. E é por isso que umas desbotam mais rápido. Mas todass desbotam. E ela? Ela não verá nem o dilúculo. Engraçado foi ela ter desbotado tão rápido. Porque eu pensei que ela fosse durar pra sempre, mas nada é pra sempre. E o vermelho escarlate de outrora, agora está desbotando, desbotando, desbotando. Desbotado.

sábado, 1 de maio de 2010

Guardanapo.

Júlia: Um guardanapo na mão de Mariana, não é só um guardanapo.

Agora é.
Daqui a pouco não é mais.
As coisas passam tão rápido.
E são tão frágeis.
Tem a velocidade (e, se você deixar a intensidade)
de uma batida de coração.
Que bate pedindo vida.
Vida que, no segundo seguinte já não é.
Porque passou e você não viveu.

Ps: Escrito na Skillus, com as pessoas gritando e me tirando a atenção e escrito pra deixar Aninha e Júlia felizes, por isso que tá feio. E por outros motivos também, mas.

sábado, 24 de abril de 2010

Lamentável.

- Que complexo.
- O que é complexo?
- O seu complexo.
- Ah, eu sou complexada.

Sim, sim. Sou cheia de complexos. Não atendo o telefone, porque sempre acho que vou receber alguma noticia desagradável. Não puxo papo com as pessoas, porque me acho chata e sempre que começo uma conversa acho que estou incomodando. Eu sempre olho nos olhos das pessoas, se elas desviam o olhar do meu, acho que elas estão mentindo pra mim, já que não sou digna o suficiente da verdade. Sempre que alguém diz que me ama, eu fico procurando motivos pra elas me amarem e não acho nenhum. Na verdade eu sou muito frágil e tímida, mas sempre que eu falo isso ninguém acredita. Eu também sou realista, sempre confundem com pessimismo, mas é realismo puro. E na minha forma realista de ver as coisas, eu sou um ser lamentável. Então os meus complexos são apropriados. Alguns também dizem que sou melancólica e tenho que parar de querer entender os porquês das coisas. Mas eu realmente não consigo. E eu realmente sou, viu? Lamentável.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Fim.

- Por favor, não faz isso.
- Me desculpe, eu não posso mais.
- Você foi a única que eu realmente amei.
- Vai passar.
- E se não passar?
- Então eu serei a única que você amou e você terá sido uma ótima fase da minha vida, mas que acabou, eu não posso viver mais com isso. Você tem sua vida. Eu quero ter a minha, não quero mais ter medo do que você vai pensar, se eu vou estar lhe magoando. Essa história já acabou. Eu sinto muito, eu realmente sinto. Por favor, me entende.
- Se isso vai lhe fazer feliz... - E desligou e até então, nunca mais voltou a ligar.

Ao desligar o telefone ela chorou. Mas ela não se arrependeu. Teve que escolher entre amá-lo ou amar-se. E ela jamais poderia fazer qualquer coisa sem estar bem consigo. Ela jamais poderia não seguir o seu coração. Mesmo que isso pudesse matá-lo.

Com todo o meu amor, M.

sábado, 10 de abril de 2010

Medo de ser.

Ele: Você é tão inconstante que dá raiva às vezes.
Ela: Devo me desculpar por isso?
Ele: Não, nunca! Jamais se desculpe por ser quem és.


Então, por favor não se esconda. Não se envergonhe de errar, não tenha medo de se arriscar. Não tenha medo de se fechar, não tenha medo de se abrir. Fuja do medo e não tenha medo de tê-lo. É normal! Só não deixe que ele reprima os seus desejos, também não deixa que ele se vá por completo. O frio na barriga é necessário e um pouquinho de medo é a garantia do bom senso. Não tenha medo de dizer o que pensa, não tenha medo de assumir que não sabe, também não tenha de assumir que sabe. E acima de tudo, nunca tenha medo de quebrar a cara, é melhor se desculpar por ter feito algo, do que viver sem se perdoar pro não ter feito o que queria fazer. Não tenha medo da morte, mas a tema e tema viver. E faça isso sem medos e sem pedidos de desculpas. E sem complexos. Aqueles que mais têm medo, costumam ser muito muito mais do que imaginam ser.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Coisas que odeio. Ou que amo. Ou...

(Pode me chamar de hipócrita, inconstante, egoísta, grossa, chata, estranha, triste e muito irritável. Porque é o que eu sou. Já liguei muito. Hoje, agora, não mais.
Mas jamais, em hipótese alguma, se atreva a dizer que eu sou algo que eu não sou. Porque eu odeio ser mal interpretada.)

(Odeio pessoas que desistem fácil. Essas não nasceram pra lidar comigo. Também odeio as pessoas que tentam entrar no meu mundinho rápido e sem o meu consentimento. Também odeio as que vão embora sem avisar o porque, que não me dão tempo de ir atrás dela. E odeio as que não vão atrás de mim.)

(Eu amo a chuva, pra mim é mais legal que o sol. A chuva me deixa nostálgica, mas o sol? O sol me destrói. É muita claridade, muita quentura e muita falação na rua. Prefiro a chuva, que limpa, é fria e me faz pensar.)

(Odeio pessoas que cobram muito de mim. Também odeio as que não cobram nada. E odeio, acima de qualquer coisa, esse meio termo, esse chove e não molha, essa ausência de saber o que se quer. E odeio os que descobrem como lidar comigo, eu me sinto vulnerável. E odeio me sentir assim.)

(Não gosto de companhia. Morro de medo de ficar sozinha. E odeio, odeio, gente que não olha nos olhos.)

(Eu já odiei de tudo e já amei de tudo. Agora eu só tenho que decidir o que é mais agradável. Mas eu odeio ter que escolher entre o certo e o errado, ou qualquer coisa assim)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Acho que falar é chato e cansativo. Sinto que falamos mais quando estamos calados.


Ele pegou a minha mão e sorriu, me olhou nos olhos e disse eu te amo enquanto não dizia nada. Ele riu quando sorri e beijou meus dedos devagar enquanto eu suspirava. Eu encostei minha cabeça em seu peito e ouvi seu coração sorrir, ele passou seus braços ao meu redor em uma reza silenciosa “é minha, é minha, pra sempre minha”. Eu suspirei alto e levantei minha cabeça pra olhar em seus olhos e encontrá-los sorrindo. Eu não disse “eu te amo”, mas ele ouviu. Eu saí de perto dele, apenas para encarar a lua no céu e ele fez uma careta como quem dizia “não vá, fique perto de mim. Preciso de você aqui”. Eu sorri e peguei sua mão, encarei-o com ternura e ele entendeu o que eu quis dizer “eu sempre vou estar, seu bobo”. Então ele sorriu e me abraçou de novo e encaramos a lua, juntos. Ela se emocionou ao ver algo raro e escasso – amor – e nós sorrimos de volta pra ela. Enquanto ele me abraçava mais forte, dizendo tudo, sem dizer uma palavra.

domingo, 31 de janeiro de 2010

É só mais um.

Só não venha me pedir o que eu não posso lhe dar. Não faça exigências, deixe-me ser eu. Respeito seu espaço, respeite o meu. Se eu estiver lhe incomodado, avise-me e pararei imediatamente, assim como lhe direi. Seja sincero e leal. Não ligo pra fidelidade, quando se trata de beijos em bocas erradas, mas não traia minha confiança, eu sou tão frágil, não permita que eu me rompa de novo se não for real. Eu tenho meus momentos megalomaníacos, respeite-os. Tenho meus momentos de solidão, afaste-se. Não gosto de falar de mim, mas é isso que eu faço, sou toda ouvidos, boca e coração. Meu humor muda sem pedir e em curtos intervalos de tempo. E eu não sei escolher o sim ou não. Escrevo em terceira pessoa quando tento me entender, escrevo em primeira quando quero que me entendam. O bom de escrever, é gritar sem levantar a voz, por isso que escrevo tanto. Por fim, acho que sou bipolar e gosto de provocar sorrisos.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Damn!

Pra quê tanta preocupação? Tanta correria. Todo dia é um suicídio, um suicídio de quem você passou o dia sendo. Não me venha dizer que é o mesmo ser todo dia. Então quer dizer que você é o mesmo de dois anos atrás? Você ouvia as mesmas músicas e lia os mesmos livros? Hoje eu tive um 'momento nostalgia'. Lembrei da pessoa que eu era aos 14. Eu era tão boba... Eu tava sempre rindo e fazendo besteira e achava que isso era o máximo. Eu andava com as pessoas certas, nos lugares errados. Mas eu era feliz. De uns tempos pra cá eu não acho mais que felicidade compensa. Ser triste às vezes, é mais acolhedor. Isso está tão completamente desconexo, parem de ler. Isso é um desabafo, não queiram lidar com minhas confusões. Falando em lidar com minhas confusões, me lembrei das pessoas que desistiram de mim ao primeiro fora. Mesmo depois de pedir desculpas. Eu sou chata mesmo, mas eu juro que sou uma boa pessoa, ou não. Mas enfim, desistiram de mim, no primeiro 'saia de perto, quero ficar sozinha'. Mas fazer o quê? Eu sou assim. Chatinha pra caralho! E eu não posso fazer muito, qual é? Eu estou desistindo das pessoas a cada dia. Elas são tão estupidamente estúpidas e não tem um pingo de vergonha de cara, não que eu tenha. Mas eu tenho que me aguentar, aguentar outro ser inconstante me consome demais. Pessoas me consomem e fugi do assunto. Eu sempre fujo, de tudo. Mas todo mundo que me conhece sabe disso. As coisas saem do controle, eu fujo. A única coisa que me prende nesse blog é poder falar pra alguém como eu me sinto, sem falar pra ninguém. Acho que isso é tudo que eu preciso, que alguém saiba como eu realmente sou, mas sem ter que falar a elas. Enfim... Hoje foi um dia bom e é bom dizer isso, já que isso anda tão difícil. Um amor da minha vida que durou menos de seis meses acabou de me ligar, exatamente agora e disse que viu lírios brancos e lembrou de mim. Queria que a namorada dele lesse isso, pra ela saber com quem está lidando, pobre moça. E ele vai ler isso aqui e vai rir, amores da vida nunca valem nada, nem de longe. O quarto novo ainda está com cheiro de tinta, leve, mas está. Ops. Mas eu continuo dopada. eu vou fazer alguma outra coisa que não seja falar como uma louca aqui. Mas hoje eu tava precisando fazer isso. Boa Tarde e Good Life. :*

domingo, 24 de janeiro de 2010

Desabafo. (?)

Começou com uma lágrima, ela estava tão triste, então derramou aquela gota salgada.
Terminou com sangue, ela estava tão triste, deixou escapar a vida vermelha.




Qualquer semelhança comigo é pura coincidência. Ou não.

Eu tinha um amigo, eu digo tinha porque ele morreu a quase dois anos. E ele sempre mudava a música anres de chegar ao final, até hoje eu faço isso, porque eu não consigo deixar ele ir e fazer isso faz parecer que ele ainda está aqui. Uma vez, esse mesmo amigo me desafiou a comer a sorvete com maionese, porque eu disse que tudo ficava mais gostoso com maionese. Eu comi e gostei. Hoje eu como porque pra mim, tem sabor de amizade, da amizade dele. Houve outra vez que ele perguntou qual a pessoa que eu mais odeio no mundo, eu respondi “meu pai”, é uma pena que ele não esteja mais aqui, porque é mentira, eu amo meu pai, eu só odeio o fato de que ele nunca está aqui e quando aparece, faz de conta que sempre esteve. Mas ele me conhecia tão bem - ouso dizer que melhor até do que eu - que com certeza sabia.
Ele também sabia que eu não estava bem com a ida dele, por isso acho que ele virou meu anjo. Ele não me deixou morrer quando eu tentei fazer isso de todas as formas (incusive literalmente), ele não não me deixou por completo, mas ele não está mais presente. E é por isso que eu odeio o 17. Porque ele prometeu que estaria aqui fisicamente, mas não está em outro lugar, senão meu coração. É uma merda quando você decide parar de mentir pra si mesmo.