sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Essa ventania.

Foi o vento que a moldou. 

Varreu as dores e os ex-amores. 

                                                 Dançou devagar com os seus cabelos...


                           Assanhou sua alma. Sussurrou em seus ouvidos a canção da chuva.

    Foi o vento, levando as folhas secas e trazendo as flores, que fez brotar nela um sorriso perdido. 


                                                     A guardou sem prendê-la. 



                               Foi tudo culpa do vento que soprou nela o que há tempos havia perdido... 

Foi o vento que a libertou, que lhe salvou a vida. 

                                                                     Ah, o vento...

                       Sopra todas as feridas.





À Dessamore, que me inspirou essa ventania e continua inspirando.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Me ancorei na Lua.

Ancorei meu coração na lua.
Agora, por os pés no chão não dói mais tanto assim.
Porque desde que meu chão é a lua
Ando no imaginário.
E visito a realidade que é tão ruim.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

R.,

É sempre assim quando chega agosto. Parece que sua presença está em todo lugar e eu me sinto sufocada. Já fazem quatro anos. Dá para acreditar? Quatro longos e doídos anos. Eu ainda escuto sua voz, sussurrando antes de eu dormir "boa noite, Marizinha". Sabe que só esse ano eu apaguei teu número da agenda do meu celular? Mas nunca te apago de mim. E durando o mês de agosto, te carrego mais perto de mim do que nunca. Descansa em paz, amigo. 

M.