sábado, 11 de junho de 2011

Casca Vazia.

Oh, amor!
Ainda posso te chamar assim? De amor?
Enfim...
Ouvi dizer que você está bem...
Me pergunto se já encontrasse um outro alguém.
Será que ainda me chamas de amor?
Porque eu te chamo de amor em segredo...
E mais que isso, te chamo de Meu.
Meu amor...
Caso eu ainda seja o teu amor, me deixa saber
Porque a casa está vazia sem você.
E eu até sei viver sozinha
Fico até muito bem sem ninguém.
Mas sem você, amor, viro casca vazia.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Peau de Soie.

Conheço-te como um cego que, mesmo sem ver, sabe quem se aproxima
pelo barulho das pegadas.

Sinto-te sem te sentir,
pois mesmo quando não estás aqui, seu toque toca em mim.

Cheiro o ar puro e teu cheiro me invade as minhas narinas.

Ouço tua voz quando escuto os primeiros acordes de minha música favorita.

Vejo-te quando os meus olhos se fecham e,
se não estás aqui, és meu delírio quando eles se abrem.

Teu sabor é tão meu que em minha boca o gosto é o teu.

Quero-te tão loucamente que todos os meus cinco sentidos são seus…

Quero dizer, os seis.
O sexto é meu amor que também é teu.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Dor.

Mal consigo respirar

Há algo em minha garganta que me impede

Corta meus órgãos

Aprisiona

Causa dor

Quase asfixia

E me dá um prazer doentio

Sorrio ao sofrer

Andava feliz demais

Estava com saudade da minha melancolia

Mas agora ela está aqui

Ela me acolhe

A dor está aqui, está tudo no lugar

Está tudo bem.