segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Ainda...

Ainda escuto a sua voz.
Ainda falo com você.
Ainda finjo que você está aqui.
Ainda tenho seu número na minha agenda.
Ainda espero que seja você do outro lado da linha quando alguém me liga.
Ainda faço um monte de coisas e finjo que você está ao meu lado.
Ainda sinto você aqui, nem que seja por uma batida de coração.
Ainda penso em você antes de dormir.
Ainda minto pra mim.
Escuto, falo, finjo, tenho, espero, faço, sinto, penso e minto, tudo por você.
É que ainda não me acostumei a não ter você aqui. (E nem acho que vou...)

2 Travessos:

Jú Rodrigues disse...

Com esse pequenino texto você arrancou algumas lágrimas do meu rosto. Se eu dissesse a alguém que eu tinha escrito, acreditariam, não pela beleza, mas pela identificação.

Rebeca disse...

Já tinha lido o texto antes...É lindo, Mari. Duvido que as palavras um dia consigam contornar, num risco bem caprichoso, as bordas dos espaços vazios que a falta faz, mas bobo é quem não tem coragem de pegar seu lápis e tentar fazê-lo.