quarta-feira, 9 de maio de 2012

A Escrava e o Sinhôzinho.

Tua pele de seda branquinha, 
Em contraste com o couro preto
Que é meu, se entrelaça
Como se fosse feita do mesmo tecido pobre
Quando se costura o seu com o meu.

O retalho feito com linha vermelha
Rasga os panos e os une.
Os rasga e os une.
Rasga o pano.
E os une.

Tua pele de seda branquinha
Em contraste com o couro preto meu.
A linha vermelha nos atrevessa.
Une.
Rasgá-nos?

2 Travessos:

Duds disse...

Já tá ficando redundante dizer que tudo o que você escreve é lindo por demais, não está? Sério, eu amo e sempre amarei os seus poemas <3

Pans. disse...

Adorei cada linha!
Achei esse um dos teus textos mais maduros, mais fortes, e ao mesmo tempo, leve.
Lindo!