quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lembranças.

Lembro de ser pequena e esperar ele chegar a partir das 8:00 horas em ponto. Lembro que ele sempre chegava atrasado, mas eu não me importava. Lembro de passar o dia inteiro com ele, mas ele nem olhava em minha direção. Lembro de como as atitudes dele me magoavam. Lembro de um dia esperar e ele não aparecer. Lembro de esprerá-lo por vários sábados e nada. Lembro de um dia parar de esperar. Lembro das indas e vindas e dar dor que elas me causavam. Lembro de chorar, lembro de tentar me curar, lembro de tentar esquecer. Lembro de tentar te odiar, de querer te matar e não conseguir fazer nada disso. E me pergunto: Você ao menos lembra, vagamente, de mim?

5 Travessos:

Bárbara Gusmão disse...

Como eu lhe disse milhares de vezes, você sabe transformar suas lembranças, dores e angústias em arte. Em palavras bonitas e bem colocadas. Assim que dá gosto de ler tudo que é escrito por você... <3

Djeefther disse...

Usarei suas palavras para mostrar o quanto esse texto me toca: "Se não for para inspirar, então não quero escrever."

Eduardo Henriques disse...

Mari,

Eis meu primeiro contato com a tua escrita e recebo-a como uma expressão do que te constitui e consolida a alma.
De fato, vejo-te a transpassar por essa linhas de prosa-poética e mesmo ultrajando a Poética de aristóteles e vários pontos, apenas prova que a métrica é uma medida, mas não o caminho!
Mui bela sua escrita e sensibilidade. Seu blog já me apetece!

Parabéns!

=D

P. disse...

Lembranças são complicadas e nunca nos abandonam, vão estar com a gente pra sempre neh...

gostei do seu blog, passarei mais vezes por aqui, bjs

se quiser visitar, meu blog:
http://mividaloca-thegirl.blogspot.com/

Ana Ísis disse...

É sobre o seu pai, certo?